quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Blogagem Coletiva das Mães Internacionais - Paternidade Ativa




Antes de ter meu filho e conhecer o pai dele eu já conhecia de perto a paternidade ativa, eu conheci com meu avô Antonio e meu tio João, pais maravilhosos, pais zelozos, queridos, pacientes e extrememente presentes. Ser presente na vida de um, dois filhos é fácil, mas 13?? Isso não é pra qualquer um mesmo, mas o Tonico Bagre conseguiu, e ainda hoje seus filhos falam dele com um brilho nos olhos sem igual, filhos e netos, porque ele também ajudou a criar seis, incluindo euzinha!

Meu avô me levava e buscava na escola, como ele ja era aposentado ele sentava no primeiro banco do onibus circular e ia de papo com o motorista, eu ia junto, dando oi pra todo mundo que entrava, café da manhã era por conta dele também, acordava as filhas, preparava o café, servia sempre uma xícara pra minha avó na cama e depois ia varrer a frente, só sossegava quando todo mundo ja tinha saído.
Mamãe conta que quando ela era pequena as coisas não eram diferentes não, que meu avô cuidava deles ali, juntinho com minha avó, ele dizia que os filhos eram deles e que eles tinham que cuidar e criar juntos.

Meu tio João criou duas meninas, o único homem que conheci na vida que sabia combinar as roupinhas com sapatinhos, meias e até o lacinho da cabeça, hoje ele é avô de um menino e uma menina, um avô maravilhoso, uma cópia fiel do pai dele! 



Já o meu Károly, bom, esse deve ter sido escolhido pela a minha avó lá de cima, ela deve ter visto ele por aqui e dito pra Deus, "veja bem, esse é o rapaz que eu quero pra ser pai do meu bisneto!", o Károly é uma cópia do meu avô. Durante a estadia da minha mãe aqui em casa não foram poucas as vezes que ela se emocionou dizendo, "Impossivel não lembrar meu pai quando vejo o Karo cuidando do bebê!", é impossível mesmo, até o mesmo olhar sereno e a adoração por doce ele tem!

Quando voltei da maternidade com o Pok nos braços eu repeti a frase do meu avô "esse é o nosso filho, devemos cuidar e criar juntos!", e assim foi.


Ambos eramos pais de primeira viagem, um não sabia mais que o outro, esse papo de instinto materno, essa coisa de mãe sabe melhor pra mim nunca existiu, eu não sei mais, eu não amo mais, sabemos o mesmo, amamos igual e ponto.


Karo faz parte de tudo nas nossas vidas, ok, com ele o Pok leva mais vantagem, usa e abusa do coração mole, tem dia que faz o pai de gato e sapato, mas o pai deixa e adora, então eu não me meto, eles que são brancos (LITERALMENTE hahaha) que se entendam, o importante é que estamos na mesma página, juntinhos.



Os Pais na Holanda.

Aqui na Holanda não é raro ver pais sozinhos passeando com os filhos, não é raro a mãe viajar com as amigas e o pai ficar com a cria, existe o "parental leave" que é um tipo de uma licença que os pais de menores de oito anos tem direito, o tempo varia de acordo com o tempo de trabalho, mas assim, dizendo por cima, esses pais (e mães) tem direito a alguns dias livres pra cuidar dos filhos, conheço alguns que uma vez por semana passam o dia em casa cuidando dos pequenos enquanto a esposa tá no trabalho.
Eu gosto disso, pelo menos entre os pais que eu conheço vejo muita atividade, vejo muita presença, se eles precisam de um treinamento prévio ou se fazem tudo porque são mandados, ai eu não sei, mas ainda que seja, se fazem bem feito e fazem seus filhos felizes já tá bom demais.

imagem retirada da internet.



Outra coisa que eu notei é que as mulheres por aqui não estão interessadas em perfeição e não se importam em não serem o centro das atenções, coisa que eu vejo muito entre as brasileiras, muitas vezes ouvi piadinhas e criticas do tipo "aii, ele não sabe fazer!", mas ensinar parece que ninguém quer, também já notei que rola ciumeira, tem gente que tem medo que o filho se apegue mais ao pai... (melhor ao pai doque a babá) e depois reclama que o marido não ajuda em nada, vai entender.

Minha dica, mães deixem os pais dos seus filhos serem pais, estimulem, incentivem a participação deles, não tem nada mais gostoso e importante do que uma familia unida, um pai presente.
Ser mãe não é mais e nem menos importante doque ser pai, é simplesmente igual.

Bom, quem quiser saber mais sobre paternidade ativa clica no link abaixo e confere. 




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