terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nós na Grécia - Parte VI (rumo ao final)

O namorido ontem me acusou de estar enrolando muito com as postagens sobre nossas férias, chegou a fazer piadinha dizendo que tá parecendo novela americana, daquelas que nunca acabam, ele DEFINITIVAMENTE não sabe oque é o tempo de uma pessoa que além de escrever no blog ainda tem casa e filho pra cuidar, sem falar que gosto de escrever e quando se trata de relatos de viagens, gosto de escrever ainda mais, por tanto, é demorado e longo meeeeesmo!

Espero que vocês, caros leitores ainda não tenham enjoado, porque a cereja do bolo ficou pra hoje e esse post sim vai ser longo hahaha, bota o filhote pra dormir, corre pro seu cantinho e bora ler em paz!

O Casamento Grego!

O real motivo da nossa ida à Grécia foi o casamento de uma casal de amigos, eles são amigos do Karo desde que ele chegou na Holanda, o noivo, Stavros estava terminando seu PhD na TU Delft e a noiva, Vicky trabalhando por aqui também, o PhD terminou e há pouco mais de dois anos eles voltaram pra Grécia.

Depois de dez anos de namoro o casal resolveu oficializar e festejar, amigos de vários lugares do mundo estavam por lá e foi tudo tão delicioso que eu acho que nem escrevendo um livro farei jus ao que foram esses dias em Chalkida com eles.

Para o sábado, dia do casamento tinhamos um planos, iriamos pegar leve e descansar o máximo possível, depois do café rolou uma sonequinha básica e em seguida praia por mais o menos duas horas, depois um lanchinho leve e uma lonnnnga soneca.

O casamento era as sete e tinhamos prometido a nós mesmo que não ia ter atraso, sairiamos do hotel as seis e meia pra poder caminhar sem pressa pra Igreja, que era perto, mas com filho, sol e calor, melhor ir devagarzinho e garantir que ao menos nas primeiras fotos a maquiagem e cabelo estão em ordem.

Até que estavamos indo bem, se não fosse o meu bendito cabelo inventar de não parar como eu queria, ahhh que saudades de um bom salão onde isso teria sido arrumado bonitinho, praguejei e nem tempo pra ficar ainda mais emputecida eu tive, já era seis e meia em ponto e tinhamos que sair, esqueci do cabelo e fui, rezando pra não suar muito e morrendo de pena do namorido, que estava enfiado em um terno, LINDO, é verdade, mas num calorão daqueles era de partir o coração! hahaha.

Chegamos com tempo de sobra na igreja, o povo se agrupava do lado de fora, de acordo com oque fui informada é assim que funciona, o noivo e os convidados esperam a noiva ali e entram todos juntos na igreja.

Pok já dava seus sinais de saco cheio, saimos do meio da galera e ficamos passeando com ele pelo pátio vázio, a noiva chegou e eu não contive as lágrimas, estava linda, chegou com os pais e a irmã no carro da familia, achei isso tão lindo, tão mais fiel doque aquela coisa de chegar sozinha em um carrão alugado... 

O noivo a esperava junto com os pais e o irmão dele, dando a entender que aquele era um momento deles mas também de suas familias, maravilhoso!

Os noivos entraram na igreja seguidos da familia e os convidados, que assim que entravam acendiam uma velinha e seguiam para o seus lugares, curioso foi que no meio da igreja tinha uma vão onde algumas pessoas permaneceram em pé, as portas permaneceram abertas e rolou inclusive um entra e sai básico, e eu comprovei que bêbês, crianças, homens e fumantes não conseguem ficar mais que quinze minutos numa cerimônia de casamento, no Brasil a coisa é menos na cara porque as portas se fecham e a galera olha feio, senão aposto que teria sido como foi por lá, tinha até auto falante na porta igreja possibilitando os que estavam lá fora acompanhar tudo bonitinho, hahahah ADOREI porque foi dali, da porta que acompanhamos tudo! 

Demorou por volta de uma hora, no final teve amendoas de lembrancinha e uma tonelada de arroz na cabeça dos noivos.

Meu lindão a caminho da Igreja, tava GATO hahahah
O noivo e sua familia
Feliz pela make e o cabelo ter sobrevivido a caminhada!
A igreja medieval Agia Paraskevi
Meu maloqueirinho dando voltinhas
A noiva chegando com a familia
Linda!
Primeiro os noivos
Depois a galera!
Felizes!
Acendendo a velinha 
APRONTANDO (meu filho é um bárbaro que não usa sapatos!)
Um momento bem especial, olha as coroinhas na cabeça deles.
ARROZZZZZZ
Muito arroz!
O busão pra festa!
A festa rolou em um restaurante lindissimo numa praia distante e pra levar todos os amigos gringos e quem não quisesse ir de carro, os noivos alugaram um onibus, a viagem foi rápidinha e as crianças aproveitaram pra repor as energias e já começar a correria assim que entramos no recinto da festa.

Nossa mesa estava bem do lado de uma caixa de som e isso me preocupou, apesar da fome e da sede não tivemos tempo para os aperitivos, pok estava impaciente e antes que a coisa saisse do controle corremos pro playground e no playground ficamos por pelo menos uma hora e meia até o jantar ser servido, voltamos pra mesa alimentamos a cria e o Károly voltou pro play enquanto eu terminei de jantar, ai ele jantou e eu fiquei no play com o pok.

Essa coisa de ficar no play enquanto todo mundo comia, bebia e se divertia (como uma festa deve ser), me deixou muito triste e frustrada, eu via que não era a unica que estava passando por isso, praticamente todas as outras crianças estavam ali com seus pais, mas mesmo assim, eu fiquei muito, muito triste com direito a lágrimas e querer correr pra casa, Károly também ficou balançado, mas foi firme e disse que tudo daria certo, as lágrimas escorriam aos montes do meu rosto e faltou bem pouco pra eu sair correndo dalí.

Pok correu e brincou até ficar caindo pelas tabelas, a música tava alta e ele chatinho, chatinho, chorava e se batia no cólo do pai, que paciente tentava acalmar a cria e também a mim, eu nessas horas sou um zero a esquerda, quero jogar tudo pro alto e sumir!

O levamos pra mesa, onde tava o bercinho, enquanto nossos amigos montavam o berço eu fui falar com o noivo na maior cara de pau pra desligar a caixa de som, estava alto demais e não só o pok, mas as crianças da mesa ao lado (que também tinham bercinho) estavam estressadas,meu pedido foi atendido de imediato e não afetou em nada, pelo contrário, o som na pista continuava bombando e as danças também.

Colocamos o pok no berço com seu chazinho e seus bichinhos, dois segundos depois ele estava em pé berrando, e ai veio a parte mais dificil, ignorar, sabiamos que se não fosse assim ele não iria dormir, e tivemos que fingir que não ouviamos o "aiiaiaiaia papa!" e não viamos seus bracinhos pra cima, essa cena durou menos que dois minutos, ele quando ele já estava deitado dormindo profundo vi as lágrimas escorrendo na face do Károly, ele então me disse "nada me dói mais doque ter que ignorar o choro do nosso filho, mesmo quando eu sei que é o correto a ser feito!", ai, ai, doeu mesmo, mas ele dormiu tranquilo como se estivesse no seu cantinho aqui em casa e nós pudemos aproveitar a festa até altas horas.

#pausa Antes que me atirem pedras e me achem uma louca sem noção por levar uma criança pra uma festa que rolou até de madrugada, saibam que não fomos os únicos e no Brasil eu cansei de ver crianças dormindo no cólo, em carrinhos e até debaixo da mesa em festa de casamentos, nosso filho dormiu no bercinho dele do lado da nossa mesa, ficamos por perto o tempo todo, nós tentamos e deu certo, se não tivesse dado certo teriamos ido embora como fizemos na sexta-feira, nosso filho é nossa prioridade e nessa viagem fizemos tudo à seu tempo.
Quanto a caixa de som desligada, os noivos nos deram carta branca pra fazer o possível pra deixar nossos filhos confortáveis de modo que todos pudessem aproveitar ao máximo a festa, deixaram claro que estavamos em familia e que deveriamos ficar à vontade, esse foi também um dos motivos pelo qual fomos à esse casamento, se fosse algo extremamente formal nosso filho sequer seria bem vindo, não era o caso, eramos todos bem vindos e tanto os noivos como os seus familiares mostraram isso durante todo o tempo.#despausa.

As outras crianças não conseguiram dormir e os pais foram embora por volta de meia noite, no clube dos dorminhocos além do pok tinha mais dois, um de nove e outro de onze meses, ambos dormindo em carrinho, o de nove meses lá pelas duas da matina tava acordado fazendo a festa, o de onze eu nem vi, mas parece que dormiu o tempo todo.
Acabamos mudando o bercinho pro lounge e ali ficamos até que Pokbunny acordou por volta as três e meia, comeu frutas, brincou um pouquinho e as quatro voltamos para o hotel de carona com uns amigos da noiva, pok tomou um bom banho, seu mamazinho e foi direto pra cama, nós aproveitamos pra namorar mais um pouco e curtir nossa varandinha, foi uma noite linda que vai ficar pra sempre nas nossas memórias!

Quanto ao casamento grego, foi sim tudo aquilo que eu achava que seria, zero de frecurites e protocólos, muita alegria, muita fartura, todos os convidados dançando juntos em rodas que lembravam uma enorme ciranda e claro, a famosa quebra de pratos, que foi em um momento muito, muito interessante, a musica é lenta, forma-se rodinhas e no centro um homem ou uma mulher dança sozinho, me explicaram que naquela festa celebrava-se a alegria sem esquecer da tristeza, e essa tristeza era simbolizada na dança lenta e solitária, LINDO e EMOCIONANTE DEMAIS.

Infelizmente não tenho tantas fotos assim, afinal, fiquei no playground um tempão e quando sai de lá queria mais era curtir, mas taí algumas fotinhos só pra ilustrar.


O brinde!
A "ciranda" ao fundo e o bercinho rosa de uma das menininhas e o berço do pok.
Cansada era pouco, mas tava feliz hein!
A galera se jogando nas dancinhas!
Enrolado no lençolzinho dormindo numa boa!
A fátidica hora do buquê, eu tava lá trás hahaha
Pokbunny acordando "quem sou, onde estou, Oh meu DEUS!"
Foi direto com o papai!
E depois brincou um pouquinho!
Fazendo charminho pra Vicky.

O post foi longo, mas espero que tenham gostado, esse foi um dia muito especial pra nós e eu queria muito dividir com vocês, também quis dividir nosso perrengue com o pok e meu momento de fraqueza pra  mostrar que apesar de passearmos muito e nos divertimos, também temos nossos enroscos e nossos momentos dificeis como o pequeno, pokbunny tá crescendo e nós estamos todos aprendendo a viver e conviver com todas essas mudanças, nem sempre é fácil, mas faz part e o ideal é viver o momento, afinal, o vida passa rápido demais!

Beijocas e volto em breve com a última parte da nossa trip!

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