quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Nós na Grécia - Parte I

Acharam que eu tinha desencanado do blog, que tinha me rendido a vida de queijo feta, souvlaki e ouzo as margens de um mar grego? BEEEEEEMM que eu queria, mas não foi dessa vez e cá estou eu de volta a realidade na terra dos moinhos, temperatura na casa dos 16 graus e com dois cestos de roupa suja pra lavar... pelo menos já consegui desfazer as malas e colocar tudo no lugar!

Pokbunny ainda não se conformou com a volta, chorou ontem e hoje cedo tava no maior mal humor, olhava pela janela e berrava, como quem diz "Eu quero ver o maaaar, quero minha varandinha com aquela brisa deliciosa, me tirem DAQUIIIII!", pois é, eu e o Károly também queremos tudo isso, mas acho que vai demorar um pouco e o melhor a fazer é guardar as roupas de verão e fazer como o pica-pau, se preparar pra chegada do inverno (lembram dessa? Pica-Pau sempre se preparava ahhaha), ontem quando seguia pro aeroporto eu só conseguia pensar, que teria sido muito mais legal se esse verão tivesse sido um mês na Grécia e só uma semana na casa da sogra hahaha, tá, tá, eu páro de reclamar, pelo menos tivemos essa semaninha que salvou o verão e fez tudo valer a pena novamente! =)

Mais uma vez tenho muuuuuuuuito pra contar, foi uma viagem curta mais muito rica em conteúdo e pra facilitar a vida de todo mundo vamos por etapas, hoje eu falo da preparação, embarque e a viagem, veeeem  comigo e se prepara que o post é LONGO!

Da Holanda para a Grécia

O primeiro email avisando sobre o casório chegou em junho, foi uma forma de comunicar aos amigos pra "salvar" a data e começar a se preparar, o convite oficial chegou em seguida, em Julho aproveitamos as promoçoes compramos nossas passagens e reservamos os hotéis, três dias em Atenas e quatro dias em Chalkida (onde seria o casamento).

Logo que voltamos pra Holanda teve correria pra eu conseguir achar um vestido, na Hungria não achei nada que gostasse e aqui, em Agosto todas as lojas trocaram a coleção, achar um vestido de verão foi dificil, mas eu consegui. 
Com as passagens, hoteis, presente e vestido nas mãos eu relaxei, e quando achei que tava tudo pronto pra embarcar veio a encrenca com o carrinho, cinco dias antes da viagem nos ligamos que nosso carrinho era grande demais e a companhia aérea (Transavia) deixa claro que dentro do avião só entra o modelo buggy, aquele super prático que dá pra fechar tipo um guarda-chuva, os carrinhos maiores devem ser despachados e dependendo do peso é inclusive cobrado pela companhia, o nosso é gigante e pesa vinte kilos, não sei nem se realmente daria pra despachar, fui salva por uma amiga que gentilmente ofereceu o buggy do filho dela, um modelo bem light da chicco.

Terça-Feira, 30 de Agosto, acordamos as 03:30 da matina pra ir pro Aeroporto, o vôo era as 06:50 e nessas horas melhor mesmo é ir com calma, Pokbunny nos olhava com aquela cara de "Ai meu Deus, oque é que vocês estão inventando agora?!", rolou um pouco de choro, mal humor, mas saimos na hora certa, a estrada tava vazia e daqui pra Amsterdam levou menos de quarenta e cinco minutos.
Zelando pelo nosso conforto o Károly deixou o carro num estacionamento e lá mesmo começou o drama por  conta do excesso de tralha, eram duas mochilas gigante, o terno em um porta-terno, o presente em uma sacola (era um jogo de porcelana hungara e não quisemos arriscar colocar nas malas), bolsa e o pokbunny no carrinho, aliás, nessa primeira hora pokbunny ODIOU o carrinho, totalmente diferente do dele, ele chorou, reclamou, mas não teve jeito, faltava braço pra carrega-lo e ali ele ficou.

No check in fomos avisados que não ia rolar embarcar com aquele tanto de tranqueira, minha experiência na arte de enrolar funcionário de companhia aérea falou mais alto. Despachamos as duas mochilas e o bercinho de viagem (as duas mochilas tinham sido pagas e o bercinho entrou como os dez kilos que o bêbê pode levar, esses dez kilos devem ser despachados, oque nos surpreendeu pois achavamos que era pra levar no avião e que nesse caso o buggy seria a "bagagem" permitida, mas não foi.
A bagagem do pok foi, o bercinho despachado e o buggy já está incluso no pacote "baby") seguimos pra o embarque com o terno, o presente, minha bolsa e o pokbunny no carrinho, deu tudo certo, mas eu ainda temia as três horas de vôo com o filhotinho, ele estava bem cansado, mas eu não conseguia relaxar.

Felizmente o vôo estava vazio, tinhamos bastante espaço e o sono pegou pok de jeito, ele brincou, reclamou e em meia hora estava dormindo, acordou meia hora antes do pouso, tomou um mamazinho e distribuiu beijinhos, sorrisos e derreteu o coração da galera, papai e mamãe ficaram muito, muito orgulhosos!

6 da matina, o sapato já tinha ido embora!
Na janelinha!
"Olha o sol!"
Um chazinho pra relaxar...
E aquela dormidinha básica!
Fazendo a festa!
"Oi gente, eu to indo pra Grécia!"


Desembarcando em Atenas e indo pro Hotel

Assim que desembarcamos já rolou aquela suadeira, quase meio dia e o sol queimando, troquei o pok e seguimos pra estação de metrô, eu já havia pesquisado e sabia exatamente que seria bem fácil chegar de metrô até o hotel, caminhamos por uma passarela que nos levou do aeroporto até a moderninha estação de metrô, coisa de cinco, dez minutos, nada demais o problema na real era o peso das tralhas e pokbunny "sambando" no carrinho e nos olhando com muito ódio hahahah.

Demorou um pouquinho até chegar nosso trem e demorou um poucão até chegarmos no hotel, pelo menos meia hora e lá pelo meio da viagem o metrô encheu, me senti em SP!

Quando chegamos no nosso destino nos perdemos um pouquinho e ai fui eu quem ficou emburrada, o calor tava pegando demais e tudo oque eu queria era jogar as malas no meio da rua e correr pra qualquer canto com ar condicionado ahhaha, felizmente achamos o hotel e daí foi só alegria.

Gostamos muito, o hotel custou barato e além de bem localizado (eu ACHEI), atendeu a todas as nossas necessidades, muito limpo, quarto espaçoso com ar condicionado, funcionários super atenciosos e um café da manhã maravilhoso, ficava a cinco minutinhos do metrô e há três estações de Acrópolis e do centro, o amigo grego tinha desaconselhado dizendo que o local era perigoso coisa e tals, mas eu logo saquei que era um lance de bairrismo, Ok, não era a oitava maravilha do mundo, na real me lembrava bastante a região da São Joaquim, Liberdade em SP, bem movimentado, com comércio, restaurantes, familias gregas se misturando aos turistas perdidos, cheio de agencias de viagens com fretados para Albania e Bulgária (uma vibe terminal do tietê com a galera carregando a casa em caixas e sacolonas de plastico, de volta pra minha terra haha), aproveitamos o máximo que pudemos, a vizinhança realmente não era das mais linda e não ficamos zanzando por ali altas horas da noite pra eu dizer se é perigoso ou não, adamos muito durante o dia e foi bem tranquilo, uma noite chegamos a uma da manhã de taxi e entramos direto no hotel e em uma outra noite paramos pra jantar em um restaurantezinho as dez, ainda tinha familias e turistas pela área, não via nada que oferecesse perigo, super valeu a pena e pra quem não tem frescura ou marido rico, eu recomendo, o hotel é esse aqui.


Esperando o metrô.
MUVUCA!


A praça na esquina do Hotel, na estação de Metaxurgeio.

Dicas básicas e despretenciosas para marinheiros de primeira viagem.

Passagens, Taxas e Bagagens de Bêbê na cia aérea Transavia. - É bom ficar atento as promoções e quanto mais cedo comprar as passagens, mais chances de pagar menos, a taxa para malas despachadas de até 15 kilos é de 7 euros por trecho, pagamos 28 euros pelas duas malas ida e volta.
No "pacote" do bêbê inclui, uma bagagem de até 10 kilos, (no nosso caso despachamos o berço de viagem) e um carrinho to tipo buggy, que é levado até a hora do embarque no avião.

Praticidade - Recomendo carregar o minimo de coisas possiveis, uma bolsa ou mochila é o ideal, na volta foi tudo bem mais prático, eu soquei tudo nas mochilas e embarcamos apenas com o carrinho do bebe, o TERNO e minha bolsa com o "kit viagem", uma blusa extra pra mim, pro namorido (caso pok vomitasse ou coisa assim), duas fraldas, lencinhos umidecidos, paninho de boca, cházinho, mamadeira e uma muda de roupa pro pok, também levei um casaquinho que foi usado porque o ar condicionado sempre me pega.

Lanchinhos - A Transavia é uma companhia de baixo custo e tudo que é servido â bordo é cobrado, se você não tem problema em pagar 2.50 numa garrafinha d'agua ou 4 euros em um sanduiche mixuruca, ok, mas eu prefiro pagar menos e ter coisas melhores, levamos nossas garrafinhas d'agua e bolachinhas pro pok, na volta rolou também uns mini croissants e mini torta de maçã.

O Metrô Grego - É bem menos complicado doque muitos outros, são apenas 3 linhas, azul, vermelha e verde, as principais atrações estão na linha vermelha e são todas bem próximas uma das outras, o ticket do aeroporto pra cidade custa 8 euros para uma pessoa ou 14 euros o "group ticket" válido para duas pessoas, tem trem a cada vinte minutos e de lá até o centro (Syntagma) demora em torno de trinta e cinco, quarenta minutos.
Para os passeios diários compensa comprar o ticket de 24 horas que custa quatro euros, o ticket com duração de uma hora e meia custa 1.50.
Lembrando que as estações são uma atração a parte, em muitas você vai encontrar exposições e areas de escavações protegidas por vidros, bem interessante.

Táxi - O que mais tem em Atenas é táxi e é bem barato, uma corrida de doze minutos nos custou 3.56 euros, usamos duas vezes esse serviço, uma pra voltar pro hotel tarde da noite e outra pra ir do hotel até a estação de trem.

Segurança - Atenas é uma cidade bem movimentada e todo cuidado é bem vindo, no hotel foi recomendado deixar passaportes e cartões de crédito no cofre, andar com o minimo de dinheiro possivel e de preferencia no bolso, assim vc evita ficar abrindo carteira toda hora.
Também é bom não estampar na cara que é turista, fora das áreas movimentadas (Acrópolis, Plakka, Syntagma e afins) evite zanzar com cameras, mapas e mochila nas costas, quanto menos facilitar é melhor. Durante nossos três dias zanzando pra lá e pra cá, graças a Deus não tivemos problemas nenhum, os amigos gregos disseram inclusive que jamais diriam que eramos turistas, afinal, ninguém parecia perdido e pelo fato de ter um carrinho de bebe e uma sacola de super mercado pendurada, pareciamos bem locais hahahah, eu tomei como um elogio.
Duas coisas me chamaram muito a atenção em Atenas, o tanto de crianças pedindo esmolas (é triste demais) e o monte de cachorros vira-latas, todos ENORMES e sonolentos, estavam sempre deitados na sombra relaxando haha.

Comida - Achei relativamente barato, óbvio que tem os restaurantes caros, mas em qualquer canto você consegue achar uma boa saladona com queijo feta, souvlaki e kebabs de dar água na boca, esqueça fast food americano e se jogue nas delicias locais, por 12 euros por pessoa rola uma refeição completa com bebida e tudo, recomendo beber ao menos um copinho de ouzo!

Pontos Turisticos - Acrópolis é sem dúvida a atração principal de Atenas, é lindo, é mágico e parada obrigatória, custa 12 euros e o ticket dá direito a outras seis atrações, minha unica recomendação para Acrópolis é, vá depois das 14:00, fomos as 9 da manhã e estava INFERNAL, todos os onibus de turistas chegam esse horário e vira um caos, parecia micareta, carnaval e afins, era gente pra todo lado, péssimo.

Quando ir - De acordo com os amigos Gregos, se você não quer MOOOOORRER de calor, evite Junho, Julho e Agosto, são os meses mais quentes, pegamos temperatura na casa dos 35 graus em Atenas, foi brabo, especialmente por causa do Pok, saiamos de manhã, voltavamos pro Hotel lá pelas 12:30, 13:00 tiravamos um longa soneca e saiamos novamente as 16:00 quando já estava um pouquinho mais fresco.

Bom, espero que tenham curtido, que as dicas sejam úteis, volto em breve com fotitos e novos posts dessa viagem que foi DEMAIS! =)

Beijocas 

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