sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enxoval do Bêbê

Depois de comentar no forum do MMQ, sobre enxoval, realizei que do lado de cá do oceano, na "Zoropa", fazer um enxoval de bêbê além de custar bem mais barato é também bem mais pratico, os novos pais parece mais preocupados com praticidade do que com "luxo e glamour" aliás, alguns hospitais pedem aos pais que levem apenas uma roupa pro bebe sair da maternidade, já que durante a estadia por lá o pequeno fica a maior parte do tempo enroladinho no cobertor que eles oferecem, eu ADORO essa idéia, praticidade é comigo mesmo!

Ao contrário de muitas mães, a primeira peça de roupa que comprei pro meu filho foi quando eu já tinha passado dos sete meses, eu estava no Brasil e tudo oque tinha levado comigo eram coisas que havia ganhado, porque eu e o namorido não tinhamos até então comprado nada, minha mãe ficou horrorizada, me acusou de descaso, mas depois entendeu meus motivos, primeiro eu queria ter mais o menos idéia do tamanho que ele nasceria, segundo, eu tinha muito medo de um aborto, perder o bêbê e ficar com um bau de roupinhas me assombrava demais, enfim, coisa minha, eu quis assim e fiquei feliz com o resultado.

Em um dia comprei todo o enxoval, o enxoval que EUUUUU acreditava ser o ideal, minha mãe, avó de primeira viagem queria levar, tudo, tudo oque via pela frente, mas eu não me deixei levar e mantive meu plano inicial, comprar oque vamos usar, comprar o necessário, então comprei body, calças, meias e macacões tudo em algodão, apenas uns 4 em plush, fraldas pra boca (que depois foram lindamente bordadas com o nome dele, bem delicado, de modo que nunca atrapalhou em nada.), jogos de lençol e um jogo de berço, o mais simples que encontrei, primeiro porque ODEIO coisa emperequetada, segundo porque nossa temporada no Brasil seria curta e a última coisa que eu queria era carregar um monte de tralha de volta pra Holanda, como eu já previa, os amigos cuidaram do resto, ganhamos muitos, muitos presentes e tudo de muita qualidade, não me arrependo de absolutamente nada que comprei ou que deixei de comprar, meu filho teve tudo oque precisava, voltei pra Holanda com duas malas enormes de roupas SÓ do baby e até hoje ainda tem roupa sem usar.

O cantinho dele aqui em casa só foi organizado depois do nascimento dele, umas duas semanas antes de voltarmos o papai comprou berço, pintou o gaveteiro e deixou tudo lindo esperando por ele, deu super certo, no final acabei trazendo o jogo de berço (se não trouxesse minha mãe ia morrer de desgosto, ela super fazia questão), que combinou certinho com tudo, os protetores de berço não são muito bem vistos por aqui, dizem que é perigoso, pode sufocar a criança e tals, eu na real nunca achei prático, achava que era uma coisa a mais pegando poeira e me dando trabalho, no final até que mostrou uma certa serventia, quando pok começou a se mexer bastante servia pra evitar que ele enfiasse as pernas pelas grades e também o distraia com os desenhos nos bordados.

O meu enxoval de gestante também foi bastante enxuto, três camisolas de malha com abertura na frente, calcinhas de microfibra sem costura (DELICIA) e três sutiãs de amamentação, tudo diretamente das lojas Marisa porque a gravidez me deixou bem, mas bem mão de vaca e eu me recusava ficar gastando com coisas que na minha cabeça seriam por pouco tempo, comprei oque eu gostava, as calcinhas e uma das camisolas eu uso até hoje naqueles dias de preguiça total, os sutiãs tem dois aqui, novinhos, aliás, se alguém quiser, um branco e um bege tamanho 48 (sim, sim fartura minha gente!).

No Brasil usei o berço de uma amiga, carrinho e cadeirinhas da minha sobrinha, aqui eu comprei carrinho e cadeirinha de segunda mão (isso chocou muitas mães, "primeiro filho e a Ingrid bancando a mão de vaca comprando coisa usada, que absurdo!", engraçado que ninguém me ofereceu  um novinho em folha da marca que eu comprei o usado!)e olha, tudo tá aqui funcionando bonitinho até hoje, a cadeirinha pode muito bem ser usada novamente, bem como a cadeirinha de descanso.

Eu realmente não curto essa febre de querer comprar tudo e entupir a casa com roupinhas e artigos para o bêbê, é sim tudo lindo, dá vontade de ter tudo, mas meu dinheiro não nasce em árvore e eu acho até um pecado num mundo com tanta gente sem ter oque vestir, eu ficar gastando com roupa e badulaques pro meu filho usar no máximo UMA vez e nunca mais, isso não me satisfaz como mãe, como pessoa, meus valores são outros e eu queria que meu filho recebesse isso desde o seu nascimento, isso sim me faz feliz, ver que ele pode ser lindo e feliz sem andar por ai como se fosse uma vitrine ambulante exibindo marcas gigantes ou sentado no carrinho mais caro da loja.

Minha dica é que na hora que você for escolher o enxoval do seu filho, pense no que realmente importa, no que é realmente útil, como eu disse lá no meu comentário no MMQ, um bêbê precisa de praticidade, não de frufrus, seu bebezinho vai ser lindo ainda que esteja enroladinho nos cueiros da maternidade ou só de fralda, como ficou o meu nos seus primeiros sete dias de vida na UTI, a peça mais importante no enxoval de um recém nascido, não está a venda em lojas e não tem dinheiro que compre, a peça mais importante é o amor da familia. =)

Beijocas e um ótimo final de semana.

PS: Uma coisa que eu comecei a usar direto depois que cheguei na Holanda foram os minhocões, o minhocão são meias-calça de algodão, bem mais grossa que as tradicionais e são feitas tanto pra meninas como para meninos, tem em várias cores com motivos bem masculinos para os pequenos, no inverno é maravilhoso porque ficam bem quentinhos e também é uma mão na roda quando se tem um filho que não PÁRA com meias nos pés, como o meu! (nas mãos vcs já viram que ele super curte! haha).
Eu faço piadinha chamando pok de "balairino", porque a coloco a "meias" por baixo do body e fica parecendo roupa de balé mesmo, mas chegamos num ponto que só assim pra conseguir mander o menino de calça e meias, acho que funcionaria legal nos bem novinhos também, as meinhas sempre escapavam dos pézinhos do pok. 

Tá ai meu bailarino numa fotinho antiga!



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