terça-feira, 13 de novembro de 2012

A distância





A distância daqueles que eu amo nunca foi um problema pra mim, claro que sinto saudade, claro que tem dia que eu quero pegar um avião e correr pra casa da minha mãe, pra casa das tias, até a feira comer um bom pastel com caldo de cana.
Também tem os dias que eu sonho que São Paulo mudou de lugar, que é ali onde é a Belgica e fico toda feliz em poder ir almoçar nas minhas tias, ir pra vinte cinco com a minha mãe, sentar no boteco com os amigos.


Amigos casam, tem filhos, se formam, comemoram festa dos filhos, amigos vão pro boteco celebrar a vida, viajam pra praia de fds e eu aqui de longe sigo acompanhando tudo, nunca me lamento por não estar lá, mas penso sim que se tivesse estaria aproveitando um monte, aqui eu também toco a vida e de lá eles me acompanham, mas sem melancolia e drama, afinal, eu tenho a vida que eu escolhi ter.


Porém, em dias como hoje, quando uma das minhas grandes amigas chora a perda do pai, um pai amigo, querido, um homem maravilhoso, um raro exemplar de um ser humano correto, uma pessoa que eu nunca conheci ao vivo mas com quem batia longos papos via msn e skype e que eu sei fará uma falta enorme, em dias como hoje me dói a alma estar tão longe.
Sequer consegui falar com ela pelo telefone, apenas trocamos mensagens online, nem sei como foi tudo, sei apenas ele estava doente e agora se foi. Talvez por isso seja mais fácil pra ela aceitar, porém a dor que está no seu peito agora, essa eu bem sei que vai demorar um pouco mais pra passar e sei que nessa hora, mais doque nunca um abraço amigo, um carinho, o simples estar ali pro que der e vier já faria muita diferença, mas eu não estou! =(

Desde domingo (dia que o pai dela faleceu) meus pensamentos estão por lá, sigo tocando a vida e rezando pra que Deus os conforte, mas vira e mexe me lembro dela, da sua familia e do pai que se foi e o me dá um nó na garganta, em sete anos fora, hoje é um dos poucos dias que eu sinto demais por estar longe e tudo oque eu queria estar lá, pra confortar aquela que em anos de amizade sempre me deu tanta alegria. 




Um comentário:

Fernanda disse...

Ai Ingrid, agora fiquei com vontade de chorar.
Tbem me sinto assim, escolhi esta vida mas muitas vezes queria estar lá por teletransporte para dar um abraço, um beijo, ir a uma festa dos amigos.
É duro, mas aos poucos a gente percebe que a presença física nao é a coisa mais importante. O amor e o carinho sao fortes o suficiente para eliminar a distancia. Certeza que ela sente esta sua amizade de lá! Beijo