Resolvi participar porque achei ótima a idéia da Carol de uma blogagem coletiva sobre a realidade da Maternidade, os medos, culpas e demais sentimentos que muitas vezes aparecem pra atrapalhar a vida das mães, sentimentos muitas vezes causados por comentários mesquinhos ou pela sociedade cruel que não dá trégua e bombardeia as novas mães com regras e modelos para ser a mãe perfeita... como se isso existisse!
Fui mãe aos 29 anos, uma gravidez não planejada que mudou minha vida, aliás, não só a minha, a do namorido também, e ali, no olho do furacão, com um turbilhão de emoções, a unica decisão concreta que consegui tomar foi de que daquele dia em diante seriamos nós três, eu, o bêbê que crescia na minha barriga e o pai dele, nada de pai, mãe, tia, vizinha e quem mais que fosse dando palpite e tomando decisões, tapei meus ouvidos pras idiotices que insistiam em me dizer e repetia quantas vezes fosse preciso a frase "as pessoas são diferentes", assim eu cortava logo os "vc vai enjoar horrores, vai engordar", "vc nunca mais vai dormir..." "se vc não amamentar seu filho vai se sentir rejeitado e fraco", "vc precisa fazer isso e aquilo..."
Tive uma gravidez não muito tranquila, mas muito feliz, tinha lá meus medinhos e receios, nada sério, culpa nenhuma e por nada, sou um ser humano, as falhas e medos fazem parte e desde pequena aprendi a lidar muito bem com isso!
Fiz uma cesária e quando chegou na hora de amamentar amamentei metade peito - metade mamadeira, meu filho tinha fome eu não tinha o suficiente, eramos os dois impacientes, então intercalava com a fórmula, aos três meses ele só vinha pro peito quando tava chateado, irritado, com quatro ele começou a comer papinhas e um pouco depois não quis mais saber do peito, achei ótimo, nunca tive intenção de amamentar por mais de seis meses.
Ah sim, também nunca fiquei com ele no cólo ou o levei pra dormir na minha cama, no Brasil ele teve todo cólo do mundo, não tinha como evitar, estava na casa da minha mãe, o tempo dela era curto com ele, não iria privar minha mãe de mimar o seu primeiro neto, ele também dormia no meu quarto e isso facilitava a minha vida, mas eu sabia que quando voltassemos pra Holanda as coisas seriam diferentes, com 7 semanas voltamos pra Holanda e foi a hora de estabelecer nossa rotina, no inicio teve muito choro, dos dois lados, ele no berço e eu atrás da porta, mas ele precisava aprender, eu não tinha como ficar com ele o tempo todo nos braços, até por que carregar um bebe de 3.5kgs é fácil, mas o bêbê cresce e ai não vai ter coluna que aguente, aos poucos ele foi se acostumando e se distraindo com seus brinquedos, seu mundinho, na hora de dormir foi a mesma coisa, passei noites dormindo na cama ao lado do seu bercinho até ele se acostumar, era tudo novo, eu entendia que não podia deixa-lo lá assim de cara, deu super certo, com 9 semanas ele dormia sozinho no cantinho dele e eu feliz da vida com o namorido na nossa cama.
DUVIDO que meu filho se sinta rejeitado por tudo isso, pelo contrário, ele é um menino extremamente alegre, inteligente, carinhoso e muito, muito independente e eu uma mãe que tenho tempo pra cuidar viver minha vida, cuidar de mim e namorar bastante.
Eu vivo pela máxima do "Você tem o filho que cria", eu faço meu melhor para criar bem meu filho e por isso ignoro mesmo certos modelos e nunca, nunca mesmo me senti culpada por minhas escolhas, as pessoas são sim diferentes, oque dá certo pra um pode não dar pra outros, simples assim.
Sou a mãe do meu pequeno Károly, sou a melhor mãe que posso ser e isso eu aprendi com minha avó, minha mãe e minhas tias, que não eram perfeitas, mas sempre foram maravilhosas e as melhores mães do mundo!
Beijocas e um ótimo final de semana!
10 comentários:
Adorei o post !
E o Karóly ta um arrazo com essa camisa, mto homemzinho ! hahahaha da um abraço bem felícia nele por mim ! hahahaha
=*
Oi Ingrid, pra começar quero te agradecer por estar lendo meus textos, eu ainda estou meio perdida nesse mundo de blog, mas agora achei o seu e vou seguir tb... :) Ainda falando do que vc escreveu pra mim, sim as avós daqui são mesmo um doce, tb amo a nossa... Tb senti que aqui tem um pouco de Brasil na recepção, eles não te deixam de lado, pelo contrário, como o brasileiro, hungaro adora estrangeiro... Que bom que vc tb é feliz e escolheu o mesmo que eu!
Agora o seu post, Amei!!! É verdade, vira e mexe vem um inxirido dizer que fazemos algo de errado, mas eu tb tento fechar meus ouvidos. No Brasil sempre acabo saido dos meus principios tb, mas deixo que papariquem, fazer o que o pessoal ta doido pra pegar e enche-los de mimos... Acho ótimo que vc sabe o que quer para seu filho, continue assim! O Károly é lindo e parece um anjinho! Parabéns! Beijinhos!
:)
Olá
Vim conhecer seu texto e sua realidade como mãe. E quer saber, é uma bela realidade porque ela é possível, é paupável como todas as mães reais.
Eu tive todas as ilusões e desiluções com que diz respeito ao parto e a amamentação. E chorei e sofi muitooo por isso.
Até que resolvi confessar que não sou perfeita e crio meu bebê de um mês na base da intuição. Tá funcionando. Ele está crescendo, se desenvolvendo e cada dia mais lindo, ownnnn
Adorei o texto e obrigada por dizer a verdade de verdade.
Bjs
Lindo seu post. Conheci seu blog hoje e adorei!
Voltarei sempre.
Gostei da maneira despretensiosa como lida com a maternidade. Gostei mesmo.
BJos
\o/ Nós devemos fazer o melhor pelos filhos!!!
“Você tem o filho que cria”.
Genial!
Simplesmente genial.
Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com
"Você tem o filho que cria". Muito legal!
Marusia
http://maeperfeita.wordpress.com/
Eu tive meu momentos como você teve com seu filho, de deixar chorando, de ensinar certas regras desde pequeno.
Hoje confesso que faria um pouquinho diferente, um pouquinho mais tranquila.. mas já passou.
Não é porque me arrependi que ele não seja forte, simpatico... amelhor coisa pra mim.
Ele é tudo isso e muito mais!
Ser mae nao é fácil, mas também nao é ultima coisa do mundo.
Beijos
Karin
www.mamaeecia.com.br
Adorei as novas visitas e fiquei feliz que tenham gostado, voltem sempre! =)
Beijocas
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